PLANO DE CURSO DE LITERATURA


Escola
Série: 1º Ano do Ensino Médio
Ano
Número total de alunos
Professor: Márcio Alessandro de Oliveira


Justificativa:
O ser humano é dotado de cognição, linguagem e sentimentos. Uma vez que a linguagem verbal, dividida em línguas, é condicionada pela realidade ao mesmo tempo que também influencia o contexto em que é usada, é ela que constitui o sujeito e sua realidade interior. Esta depende do vocabulário e de conhecimentos de mundo (conhecimentos empíricos, do senso comum), aos quais se acrescentam os conhecimentos escolares e enciclopédicos. Um deles é o conhecimento metalinguístico, que se constrói mediante o uso da língua durante o estudo do idioma e de suas normas (os modelos formal e informal da fala e da escrita). Inevitavelmente, o conhecimento linguístico depende do contato com textos literários, de que se extraem as regras da norma culta-padrão e que fogem do lugar-comum do idioleto cotidiano. É que “o olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê./ É preciso transver o mundo” (Manoel de Barros, 1998).

Objetivos gerais:
Este plano de ensino é norteado pelo desejo de formar cidadãs e cidadãos para uma sociedade democrática, solidária, plural, cooperativa e ética. Para isso, pretende vincular os conteúdos e as habilidades da ementa às realidades interna, externa, social e histórica dos alunos, de modo que possam os discentes interagir com os saberes instituídos e os instituintes, divulgados em textos científicos e outras fontes presentes nas referências deste plano. Uma das principais metas é a de desenvolver o gosto estético do aluno, cada vez mais limitado à mídia e à comunicação de massa e muito afastado dos procedimentos estéticos dos literatos. Criando as condições de letramento literário, pautado que é pelos critérios biográfico, histórico e valorativo ético (conforme Todorov), o curso de Literatura fará uma oposição épica à desliteraturização (perda de prestígio da literatura), conforme Santiago (mencionado por Negreiros, 2013, p. 74).






1º Trimestre: Unidade I: Introdução à Literatura e aos gêneros literários do ponto de vista rítmico

Objetivos específicos
Conteúdos
N. de aulas
Procedimentos
Recursos
Avaliações
1.conceituar arte;

2.enumerar as sete artes;

3.vinculá-las às suas linguagens e matérias-primas;

4.apresentar conceitos de Literatura;

5.estabelecer as diferenças entre texto literário e não literário;

6.distinguir a linguagem (estilo) não literário da literária;

7.exemplificar a denotação e a conotação;

8.mostrar que o uso de figuras de linguagem não é exclusivo da literatura por ser antes de tudo um processo cognitivo;

9.listar alguns binômios e resumi-los, mesmo que só venham a fazer sentido em aulas posteriores: estilo de época e estilo individual; conteúdo e forma; autor e obra; realidade interior e realidade exterior; poema e prosa; tradição e ruptura, polissemia (plurissignificação) das palavras, ambiguidade, etc.;

10.expor a relação entre Apolo, pai de Esculápio[1], e as musas e a relação entre Pégaso e poesia;

11. revelar que Pégaso é signo da poesia.
1.Apresentação do acordo de boas maneiras, do curso e da ementa (ou deste plano de curso). 1.1 Arte não literária e Literatura: os conceitos de arte, as sete artes, os conceitos de literatura, o paradigma científico dos Estudos Literários, o texto literário e o não literário, linguagem literária e não literária, denotação e conotação, conteúdo e forma, procedimentos estéticos e outros binômios que ocorrerem ao professor durante a confecção do plano de aula, em que será sempre incluído um pré-requisito. O pré-requisito da primeira aula será o caso da Escola Base, que prova que a verdade e a ficção são socialmente condicionadas.
Duas (2) ou três (3).
Aula expositiva dialogada.




Pilot, quadro, folhas de poemas[2], livro didático, uma imagem de Pégaso, uma lista de binômios e possivelmente um texto de abertura para o curso. Outros recursos: imagens das nove musas, de Apolo, uma escultura de Rodin, o balé de Maurice Béjat e um filme de Felini.
Avaliação de sondagem e avaliação formativa com questões de múltipla escolha e correlação entre colunas.
1. catalogar as principais figuras de linguagem;

2. distinguir as figuras de pensamento das de sintaxe, como o quiasmo, a anástrofe e o anacoluto.
2. Figuras de linguagem: figuras de pensamento e figuras de sintaxe; literaturidade (uso especial do idioma) e estranhamento.

Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.
Pilot, quadro e apagador.

Aparelho de som para a reprodução de “Se essas paredes falassem”.
Avaliação formativa oral: maiêutica.

Leitura do poema A mosca azul, de Machado de Assis.

Para o lar: pesquisa sobre as figuras de linguagem.
1.      distinguir a prosa da poesia;

2.      identificar aliterações;

3.      reconhecer assonâncias;

4.      notar os cacófatos;

5.      contar as rimas;

6.      perceber a métrica;

7.      classificar os versos de acordo com o número de sílabas contadas no processo de escansão.
3.Os gêneros literários do ponto de vista rítmico e formal: textos em prosa, poemas, poesia e poema em prosa; 3.1. Procedimentos estéticos dos poetas: assonância, aliteração, colisão, cacófatos, métrica (escansão) e tipos de verso; tipos de rima, tipos de soneto, estrofação e paralelismo em forma de refrão (estribilho).

Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.
Aparelhos audiovisuais para a exibição de dois videoshows de Kokia, que canta Chowa Oto [Sons Harmoniosos].

Poemas XXXVI e XL de O guardador de rebanhos (p. 224 de Obra Poética, de Fernando Pessoa).
Avaliações formativas: maiêutica e debate sobre a canção de Kokia.

Escansão de poemas.


2º Trimestre: Unidade II: Os gêneros do ponto de vista do conteúdo

Objetivos específicos
Conteúdos e habilidades
N. de aulas
Procedimentos
Recursos
Avaliações
1. distinguir, numa visão panorâmica, os gêneros literários.
1.Os gêneros do ponto de vista do conteúdo: o lírico, o épico, o dramático e o narrativo.

Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.
Quadro, pincel e apagador.
Avaliação formativa oral: maiêutica.
1. identificar as marcas do gênero lírico em sonetos e outros gêneros de poema;

2. identificar a função da linguagem predominante na maioria dos poemas líricos e também em poemas que não façam parte dessa maioria: a função emotiva, de que fala Roman Jakobson.
2.O gênero lírico: o eu físico e o eu poético. 2.1. Soneto, elegia, ode, idílio, écloga e poema em prosa.

Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.
Folhas com poemas, tais como: Violões que choram, de Cruz e Sousa, e A um poeta, de Olavo Bilac; televisão para a reprodução de vídeos musicais que contêm as canções Laços de Flor, de Rodrigo Rossi e Melissa Matos, e On the Rocks, de Ricardo Cruz.
Avaliação formativa oral: maiêutica.
1. identificar as características dos mais conhecidos textos épicos do ocidente;

2. identificar a função referencial da linguagem nos textos épicos.
3.O gênero épico: as epopeias: A Ilíada, A Odisseia, Gilgamesh, A Eneida e Os Lusíadas.

Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.

Quadro, pincel, apagador e cópias de excertos das epopeias.
Avaliação formativa: leitura dos textos.
1. conceituar a mímesis;

2.conceituar a catarse;

3. apontar as características da tragédia e da comédia e sua relação com o drama;

4. mencionar a questão do riso e seu caráter contestador ou subversivo.
4.O gênero dramático: comédia (gênero “baixo”) e tragédia (gênero “elevado”), mímesis e catarse: A greve do sexo, de Aristófanes, Édipo Rei, Hamlet, de Shakespeare, e autos de Gil Vicente.

Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.
Televisor para a exibição dos filmes Hamlet (com Mel Gibson) e O nome da Rosa.
Avaliação formativa: leitura dos textos.
1. distinguir romance de novela e resumir a história de cada gênero;

2.expor as características do conto.
5.O gênero narrativo: a prosa de ficção: o conto, a novela e o romance.

Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.
Cópias do conto Venha ver o pôr do sol.



Avaliação formativa: leitura do texto seguida de debate.
1.      enumerar e exemplificar os elementos da narração.



6. Os elementos da narrativa: o quando, o onde, o quem, o como e o porquê.







Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.



Cópias do conto Venha ver o pôr do sol.

Páginas 178-181 de Redação com base na Linguística.



Avaliação formativa: leitura do texto seguida de debate.



1.Expor em linhas gerais o quadro sinóptico das literaturas portuguesa e brasileira.


7.Exposição do quadro sinóptico do gêneros do ponto de vista rítmico e formal e do ponto de vista do conteúdo.





Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.


Quadro, pincel e
apagador.

Avaliação formativa ora: maiêutica.





3º Trimestre: Unidade III: Manifestações literárias, estilos de época (escolas literárias) e literatura como sistema literário

Objetivos específicos
Conteúdos e habilidades
Procedimentos
N. de aulas
Recursos
Avaliações
1. conceituar ficção e referências que a ela são relativas;

2. distinguir a coerência interna da externa;

3. expor, de modo sucinto, a técnica de interpretação de sonhos de Freud e os pressuposto a ela inerentes (consciente, inconsciente e id).

4. definir símbolo, alegoria e aplicabilidade.
1.Ficção, coerências interna e externa, sonho (na teoria de Freud), fantasia, aplicabilidade, alegoria e símbolo.
Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.

Aparelhos audiovisuais para a reprodução de documentário sobre o caso Escola Base.

Cópias do prefácio de O Senhor dos Anéis.

Cópias de trechos do romance O Mundo de Sofia e do livro Acuso!.

1. definir estilo ou escola de época;

2. definir estilo individual e estilística;

3. conceituar o cânone literário;

4. definir e exemplificar a intertextualidade;

5. distinguir a intertextualidade implícita da explícita.
2.Conceito de estilo ou escola de época: os períodos literários; o quadro sinóptico das literaturas portuguesa e brasileira e dos cânones literários; a intertextualidade.
Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.

Televisor para a exibição do episódio A farsa do livro, do seriado Os Simpsons.
Avaliação formativa oral: maiêutica. A primeira pergunta é esta: O que diferencia o rock dos anos 1980 do de outras épocas? E o funk ostentação? A intenção é fazer uma analogia com os estilos de época.
1. definir manifestação literária;

 2. apresentar a literatura de informação;

3.conceituar sistema literário.
3.Manifestações literárias e sistema literário; o Quinhentismo: a literatura de informação e a catequese: a Carta de Pero Vaz de Caminha e peças de José de Anchieta.
Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.

Quadro, pincel e apagador.
Avaliação formativa oral: maiêutica.
1. apontar o Maneirismo e conceituar o Barroco de acordo com o possível significado original do nome;

2. enumerar artes barrocas e alguns nomes importantes a elas vinculados;

3. enunciar os marcos inicial e final nos dois países (Portugal e Brasil);

4. apontar fatos históricos que podem ter condicionado as manifestações literárias barrocas em ambos os países;

5. denominar algumas das características da literatura barroca, como a influência de Luís de Gôngora y Argote (gongorismo);

6. mencionar autores, biografias, obras e reação do público de suas épocas.  (Não é só o contexto histórico que condiciona a literatura: para Todorov, a vida do autor também faz isso.);

7. distinguir cultismo de conceptismo.  
4. O Barroco
Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.

Quadro, pincel e apagador.
Avaliação formativa oral: maiêutica.
1. apresentar, de modo sucinto, a biografia de Gregório de Matos;

2. compreender poemas selecionados de acordo com os fatores biográficos, históricos, geográficos, políticos e ideológicos.


5.Gregório de Matos
Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.

Quadro, pincel e apagador.
Avaliação formativa: exercícios: questões de vestibular.
1. Apontar características dos textos de Antônio Vieira em consonância com fatores biográficos, históricos e ideológicos.
6.Padre Antônio Vieira
Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.

Quadro, pincel e apagador.
Avaliação formativa oral: maiêutica.
1.      conceituar Arcadismo;

2. enumerar outras artes árcades;

3. enunciar os marcos inicial e final nos dois países (Portugal e Brasil);

4. apontar fatos históricos que podem ter condicionado as manifestações literárias árcades em ambos os países.
7.O Arcadismo
Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.

Quadro, pincel e apagador.
Avaliação formativa oral: maiêutica.
1. apresentar, de modo sucinto, a biografia de Tomás Antônio Gonzaga;

2. compreender poemas selecionados de acordo com os fatores biográficos, históricos, geográficos, políticos e ideológicos.


8.Tomás Antônio Gonzaga


Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.





Quadro, pincel e apagador.

Avaliação formativa oral: maiêutica.

1.      discutir o conceito de literatura segundo o qual é uma escrita imaginativa altamente valorizada a partir da diferença entre verdade e mentira e a partir da desvalorização ideológica da literatura ou de certos autores.

9.Aula de encerramento: reflexões em torno do conceito de literatura baseadas em Admirável Mundo Novo, no caso da Escola Base e nas considerações de Terry Eagleton.

Aula expositiva dialogada e leitura seguida de comentários.



Quadro, pincel e apagador.

Avaliação formativa oral: maiêutica.


Observações:

1ª observação: Uma vez que se enumeram e se explicam os fatores ideológicos de compreensão dos textos literários, cabe deixar explícito o conceito de ideologia adotado por este plano, que está em consonância com o materialismo histórico e a evolução das classes sociais (escravizado e senhor, servo (vassalo) e suserano (era da nobreza) e assalariado e patrão (era do “cidadão” e da burguesia como classe dominante)). Tal conceito é definido por Marilena Chauí (1997, p. 3) nos termos seguintes:

 não é apenas a representação imaginária do real para servir ao exercício da dominação em uma sociedade fundada na luta de classes, como não é apenas a inversão imaginária do processo histórico na qual as ideias ocupariam o lugar dos agentes históricos reais. A ideologia, forma específica do imaginário social moderno, é a maneira necessária pela qual os agentes sociais representam para si mesmos o aparecer social, econômico e político, de tal sorte que essa aparência (que não devemos simplesmente tomar como sinônimo de ilusão ou falsidade), por ser o modo imediato e abstrato de manifestação do processo histórico, é o ocultamento ou dissimulação do real. Fundamentalmente, a ideologia é um corpo sistemático de representações e de normas que nos “ensinam” a conhecer e a agir. A sistematicidade e a coerência ideológicas nascem de uma determinação muito precisa: o discurso ideológico é aquele que pretende coincidir com as coisas, anular a diferença entre o pensar, o dizer e o ser e, destarte, engendrar uma lógica da identificação que unifique pensamento, linguagem e realidade para, através dessa lógica, obter a identificação de todos os sujeitos sociais com uma imagem particular universalizada, isto é, a imagem da classe dominante.

2ª Observação: É indispensável que, durante o emprego da maiêutica, o professor pergunte aos alunos qual palavra entre o início e o fim de uma frase é verbo. Em caso de dúvidas dos alunos, deve propor que tentem conjugar nomes, tais como as palavras cadeira, mesa e chão. Não faz sentido dizer “eu cadeira, tu cadeira, ele cadeira”, mas é lógico dizer “eu cheguei, tu chegaste, ele chegou”. Esse teste é a prova cabal: dissipa quaisquer dúvidas. Todos os alunos precisam reconhecer o verbo; do contrário, continuarão chegando ao ensino médio (e talvez ao ensino superior) sem que saibam conscientemente o que é essa classe gramatical.

3ª observação: As coerências interna e externa de qualquer texto vêm a reboque; os diferentes tipos de coesão também.

4ª observação: Pretende-se que cada aula seja dividida em cinco partes:

1ª parte: revisão do conteúdo da aula anterior;
2ª parte: lançamento do conteúdo novo da aula;
3ª parte: explicação e exemplificação do conteúdo novo;
4ª parte: fixação da matéria por meio de exercícios;
5ª parte: dúvidas dos alunos.


5ª observação: Os pressupostos teóricos abaixo presidem à metodologia e aos procedimentos de ensino deste plano tanto quanto o supracitado conceito de ideologia:

Os três tipos de conteúdo

conteúdos atitudinais: são os valores que o aluno constrói e carrega, tais como: respeito para com todos os que estão ao seu redor, respeito à autoridade e à instituição escolares e respeito ao patrimônio;

conteúdos procedimentais: são um conjunto de habilidades, como folhear o índice de um livro ou consultar um dicionário (e não apenas o Google);

conteúdos conceituais: são os conteúdos específicos das diferentes disciplinas.

Os tipos de conteúdo podem se unir: Numa aula de Português, por exemplo, eu posso dizer que não há apenas uma forma de dizer determinada frase, que varia de acordo com vários fatores, dos quais um é o nível de formalidade. A partir disso, eu poderia deixar claro que não há apenas um modelo linguístico correto ou superior aos outros. Dessa forma, eu desenvolveria não apenas um conteúdo específico da disciplina, mas também um valor, isto é: um conteúdo atitudinal. Este, por sua vez, poderia gerar outro: os alunos deixariam de zombar de um colega que tivesse sotaque.
O grande desafio hoje é desenvolver conteúdos atitudinais. Sem eles, os alunos não vão folhear livros, não vão valorizá-los e consequentemente não vão desenvolver os outros dois tipos de conteúdo. Detalhe: os conteúdos atitudinais dizem respeito à ideologia, que não é vista como tal e que está ligada ao currículo oculto.

Os três tipos de avaliação

avaliação diagnóstica: É uma avaliação de sondagem. Não saber, assim como o próprio saber, não é uma doença. Tenta averiguar o que o aluno sabe, o que não sabe, o que é capaz de fazer em prova e se já tem pré-requisitos para as matérias do novo ano escolar, o que se coaduna bem com dois conceitos: o de zona de desenvolvimento proximal, que é formada pelo que o aluno não sabe, mas já é capaz de aprender por já ter os pré-requisitos; e o conceito de zona de desenvolvimento real, formada pelo que o aluno realmente já sabe ou já é capaz de fazer. Tais zonas são taxinomias de Lev Semyonovich Vygotsky, uma das tantas e tantas inteligências que a Rússia, minha segunda pátria-mãe, forneceu ao mundo. Um exemplo: quando uma criança sabe somar, diminuir e multiplicar bem, tais habilidades, devidamente cristalizadas, compõem a zona de desenvolvimento real; a divisão, por sua vez, está na zona de desenvolvimento potencial.

avaliação formativa: É usada para construir ou formar o conhecimento. Todas as atividades em sala são avaliações formativas. Seu objetivo não é proporcionar nota, mas sim fazer com que o aluno expanda a zona de desenvolvimento real. Está diretamente ligada ao método e, consequentemente, à metodologia de ensino.

avaliação somativa: Seu compromisso não é com o conhecimento, mas sim com atribuição e soma de notas.

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[1] A importância de Esculápio está em que, segundo o dicionarista Soares Amora, a semiótica é a análise dos sintomas. A literatura pode ser um sintoma neurótico, embora Todorov não recomende que seja reduzida a um sintoma. É uma prática de linguagem, e portanto está lidada à Semiótica e à Linguística. Como está ligada às musas, também está ligada a Apolo, pai de Esculápio.

[2] “Liberdade”, de Fernando Pessoa, e o poema de Castro Alves que fala de livros, presente em Espumas Flutuantes, são dois dos poemas que não podem faltar na antologia.

[3] Estarão em constante atualização.

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